
Cícero erigiu um dos mais importantes pilares do pensamento romano de sua época. Suas concepções filosóficas, morais, jurídicas e religiosas foram muito respeitadas por seus contemporâneos e o são até nossos dias.
Em "Da República" Cícero defende, como sistema político ideal, um modelo misto de aristocracia e de governo popular. Fundamentando suas idéias, analisa e discute, sob a forma de diálogo, as características do verdadeiro homem público, igualdade de direitos, injustiça, tirania, o culto da família e do lar doméstico, a dissolução dos costumes gregos e romanos.
O ponto alto encontra-se no Livro Sexto, que durante anos foi o único texto conhecido, sob o nome de O Sonho de Cipião ("Somnium Scipionis"). Nesse Livro, em estilo elegante e espiritualista defende, essencialmente, o dogma da existência de Deus e da imortalidade da alma.
É uma obra-prima. A Amizade - Marco Túlio Cícero
Há cerca de vinte séculos, o filósofo Marco Túlio Cícero (106 - 43 a.C.) escreveu a obra A Amizade (De Amicitia), que você encontra nesta edição da Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal. Nesta obra, Cícero abordou o tema da amizade entre seres humanos e deuses, mostrando que este sentimento nobre provém do amor. O filósofo revela nas páginas deste livro, entre diversas reflexões, que sem o amor da amizade a vida carece de sentido.
Caracteres - Jean de La Bruyère
Em sua época (século XVII), La Bruyère teve grande sucesso com o seu livro Caracteres. Além de estimular a auto-ajuda, a obra busca orientar a juventude um tanto sem rumo a procurar um porto seguro, um amparo na auto-estima, na sabedoria popular, na filosofia exótica de povos, de usos e costumes disseminados pelo mundo. Além disso, o autor traça retratos e perfis resultantes de suas observações na corte francesas, descrevendo sobretudo pessoas em seu comportamento social, psicológico e religioso.
Berkeley - Princípios do Conhecimento Humano - Berkeley
Berkeley nega que reste algo se extrairmos todas as qualidades de um objeto, tanto as primárias (extensão, consistência) como as secundárias (cores, sons, etc), considerando-as produto dos nossos sentidos.E como as qualidades dos corpos dependem da nossa mente, não podemos atribuir aos corpos mesmo a atividade de causar sensações em nós.Então, para Berkeley, é Deus que causa em nós as impressões.O que pensamos serem corpos não tem existência real, existem apenas como impressões em nossa mente.Em pensamento é frontalmente contrário ao que Immanuel Kant desenvolveria cerca de cinquenta anos depois, sustentando que algum material é causa do conhecimento sensível e está investido das qualidades percebidas.Kant acredita inteiramente que os corpos existem sem nós, ou seja, existem coisas que , apesar de inteiramente desconhecidas para nós, sustentam as qualidades com que as conhecemos.